30 anos depois de “As horas nuas”

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30 anos depois de “As horas nuas”

Date: 21 de setembro de 2019
Time: 14:00  to  16:00

A Revista Lavoura e a Tapera Taperá convidam para o evento “30 anos depois de As horas nuas: memória, decadência, feminismo e repressão”.

“As horas nuas, de Lygia Fagundes Telles, publicado em 1989, foi considerado por alguns críticos, como Wilson Martins, o melhor romance da autora, postulado que outros, como Silviano Santiago, rebateram com aspereza. Dividindo opiniões, As horas nuas nos apresenta Rosa Ambrósio, uma atriz de teatro de meia-idade e decadente que, atormentada pelos efeitos do tempo em seu corpo, vai descompondo os fios da própria memória, coletando e reorganizando os conflitos, fracassos, juízos e valores de suas experiências, constituídas ou prescritas, em um mundo ambíguo tomado por tragédia e desespero.

A pergunta lançada: 30 anos depois de As horas nuas, onde estamos? Para onde vamos? Quais caminhos se abriram entre os conflitos, as ausências, a velhice, a morte, as traições, os delírios, a nudez, os teoremas? O romance de Lygia Fagundes Telles não apenas antecipou diversos dos problemas e contradições da atualidade; percorreu meandros secretos e ofereceu compassos e bússolas, se não para evitar algumas tragédias, no mínimo para compreendê-las melhor. Ler As horas nuas em 2019 é redescobrir na força estética da narrativa de Lygia as latências contra o autoritarismo.”

Convidados:

Nilton Resende é professor adjunto de Literatura da Universidade Estadual de Alagoas, UNEAL, onde coordena os grupos de pesquisa Ensino de Literatura e Estudos da Narrativa. Publicou O Orvalho e os Dias (poemas, 1998 e 2006), Diabolô (contos, 2011) e A construção de Lygia Fagundes Telles: edição crítica de Antes do Baile Verde (crítica, 2016). Tem inédito um livro de poemas, Ouriço. Integrante da companhia de teatro Ganymedes, adaptou Mário e o Mágico, de Thomas Mann, para o espetáculo O mágico. É ator e preparador/diretor de elenco. Roteirizou e dirigiu o curta-metragem A barca (2019), baseado em conto de Lygia Fagundes Telles. Leciona, desde 2015, no Laboratório Sesc de Criação e Expressão Literária. Entre 2017 e 2018, participou do projeto nacional Arte da Palavra – Rede Sesc de Leituras.

Tamlyn Ghannam é formada em Letras (Português e Francês) pela USP e pesquisadora de narrativas brasileiras contemporâneas. Estuda as relações de alteridade na literatura de Lygia Fagundes Telles e desde 2015 mantém o canal literário LiteraTamy, onde publica resenhas, entrevistas e outros conteúdos relacionados à literatura. Em 2018, o LiteraTamy deu início ao projeto #euleioLygiaFTelles, leitura coletiva de toda a obra da autora paulistana em ordem cronológica de publicação.

Meire Lima é professora de Artes graduada em Educação Artística com Habilitação em Artes Cênicas pela UNESP, especializada em Linguagens da Arte pela USP e mestre em Artes Visuais pela UNESP. No ultimo ano de Pedagogia na FEUSP e pós-graduada em Gestão da Educação Pública pela UNIFESP. Atua há 4 anos como coordenadora de Projetos Educacionais no CEU Heliópolis, desenvolvendo projetos nas áreas da Cultura e Educação, Educação de Jovens e Adultos, MOVA, Educação Especial e Inclusiva e Gestão Democrática. Vencedora do Prêmio Paulo Freire 2014 com o espetáculo: “Abram alas para a Cultura popular Brasileira”, desenvolvido com alunos e alunas do CIEJA.

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