Aula Aberta: Nietzsche – Eterno Retorno

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Aula Aberta: Nietzsche – Eterno Retorno

Date: 12 de novembro de 2019
Time: 19:00  to  22:00

No dia 12 de novembro, terça-feira, acontece a aula aberta “Nietzsche – Eterno Retorno”, com Rafael Lauro e Rafael Trindade, do site Razão Inadequada. A aula acontece na Taperona (2º andar, loja 29, ao lado da livraria. Entrada gratuita.

A aula aberta é uma introdução para o Curso: Nietzsche – Eterno retorno, que acontece nos dias 19 e 26 de novembro e 3 e 10 de dezembro. Mais informações em http://bit.ly/nietzscheeternoretorno.

“Todo filósofo tem seus inimigos, ou melhor, seus antípodas. No caso de Nietzsche, são vários. É um prazer da discórdia, da disputa, da delação do que é fraco e melancólico. Dentre eles está Platão. Nietzsche denuncia no filósofo grego apenas uma coisa: a desvalorização deste mundo em nome de uma outra realidade. Qual o problema? Platão deu o pontapé inicial que instaurou o modelo transcendente do pensamento! É com ele que o niilismo começa sua lenta marcha fúnebre.

Quem percebeu isso melhor do que ninguém? Gilles Deleuze, filósofo francês, grande admirador de Nietzsche. Diz Deleuze: com Platão nasce a oposição sensível X inteligível, vir-a-ser X ser, corpo X mente; o mundo é assim deixado em segundo lugar. Todos participamos desta realidade, mas nos lamentamos tentando alcançar o mundo das ideias. Impossível, por mais que subamos, nunca chegaremos, eis nossa maldição: o reino do vir a ser. Ou seja, a ideia é o imparticipável, ela está lá em cima, é inalcançável, mas ela oferece os critérios de seleção, é ela que permite organizar o mundo aqui embaixo.

Muito bem, isso é inaceitável para Nietzsche e de Deleuze. Sendo assim, o que fazer? Reverter o platonismo! Acabar com esta maldição que nos faz odiar este mundo em nome de outros mundos que não existem. O objetivo desta aula de abertura é nos situar (através de Deleuze) nos principais problemas nietzschianos, questões que faziam parte de seu tempo e conceitos criados pelo filósofo alemão para acabar com o platonismo que contamina o pensamento europeu.

‘Eis talvez o que é mais profundo em Nietzsche, a medida de sua ruptura com a filosofia, tal como ela aparece nos aforismos: ter feito do pensamento uma máquina de guerra, ter feito do pensamento uma potência nômade. E mesmo se a viagem for imóvel, mesmo se for feita num mesmo lugar, imperceptível, inesperada, subterrânea, devemos perguntar quais são nossos nômades de hoje, que são realmente os nossos nietzschianos?’ – Deleuze, Pensamento Nômade”.

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