Curso Aqueles anos vinte: Mário e Oswald de Andrade
Em quatro encontros semanais, coordenados por Carolina Serra Azul, pretendemos estabelecer uma visão sobre as produções que Mário e Oswald de Andrade desenvolveram na década de 1920, como desdobramentos da Semana de Arte Moderna de 1922. Os encontros serão centrados na leitura de textos literários em diálogos com as artes plásticas, essenciais para a compreensão do período.
Carolina Serra Azul é mestre em Teoria Literária e Literatura Comparada pela USP, onde defendeu dissertação sobre as relações entre Guimarães Rosa e o primeiro Modernismo brasileiro. Atualmente, é doutoranda na mesma instituição, pesquisando os ecos do Modernismo no cinema e na literatura da década de 1970 no Brasil.
Quartas-feiras, 19h30 – 21h
Valor: R$70,00.
Aula avulsa: R$20,00.
As aulas ocorrem na Tapera Taperá (Av. São Luiz, 187, 2º andar, loja 29)
FORMULÁRIO DE INSCRIÇÕES: https://goo.gl/forms/
Programa das aulas
2/8: Pauliceia Desvairada, de Mário de Andrade.
A partir da leitura de alguns poemas selecionados e de trechos do “Prefácio Interessantíssimo”, discutiremos as principais características de Pauliceia Desvairada (1922), como o significado do signo arlequinal (inscrito já na capa do volume) e o uso específico que Mário faz das vanguardas históricas europeias.
9/8: Pau Brasil, de Oswald de Andrade.
Leitura de poemas selecionados do livro Pau Brasil (1925), em que Oswald de Andrade coloca em prática as ideias defendidas no “Manifesto da poesia Pau Brasil”. Discussão da linguagem poética oswaldiana deste período. Comentários sobre a obra de Tarsila do Amaral, que estabeleceu profundo diálogo com a poesia oswaldiana e fez ilustrações para o livro.
16/8: Macunaíma, de Mário de Andrade.
Leitura de trechos selecionados da rapsódia Macunaíma (1928), de Mário de Andrade, considerada uma das obras mais significativas do movimento modernista. Discussão sobre a importância de Macunaíma para o surgimento de uma nova fase dentro do primeiro Modernismo – a Antropofagia – e sobre a influência da obra na cultura brasileira do século XX, como no Cinema Novo.
23/8: A Antropofagia de Oswald de Andrade.
Leitura do “Manifesto Antropófago” (1928), de Oswald de Andrade, que marca uma nova fase do primeiro Modernismo. Discussão sobre a proposta do manifesto, que propõe um novo ponto de vista sobre a arte e a sociedade brasileiras a partir da mobilização das perspectivas de povos indígenas americanos. Comentário sobre a tela Abaporu, de Tarsila do Amaral, um dos pontos de partida para a elaboração do manifesto. Comentário sobre “A Revista de Antropofagia”, em que a filosofia antropofágica é materializada em textos de diversos escritores.
Carolina Serra Azul é mestre em Teoria Literária e Literatura Comparada pela USP, onde defendeu dissertação sobre as relações entre Guimarães Rosa e o primeiro Modernismo brasileiro. Atualmente, é doutoranda na mesma instituição, pesquisando os ecos do Modernismo no cinema e na literatura da década de 1970 no Brasil.