Vivemos período de transição e descrédito das hierarquias estabelecidas, um período em que o “político” volta ao estágio de escolha de direção e experimentação de novas possibilidades. Como o processo de subjetivação política se reflete no campo da arte? Conversa entre Denis Maksimov e Marina Tenório a partir das realidades contemporâneas do Brasil e da Rússia.
O russo Denis Maksimov é teórico político, co-fundador do Avenir Institute, pesquisador e curador independente. Pesquisa relações entre estética e poder, pensamento pós- estruturalista e geopolítica, teoria crítica e economia política internacional, epistemologia, análise histórica e estudos sobre o futuro. Publicou diversos livros e artigos e tem trabalhado com parcerias com centros de estudos de Moscou, Bruxelas e Washington.
Marina Tenório, artista de origem russo-brasileira, atua nas áreas de teatro, dança e tradução. Encenou o balé “As criaturas de Prometeu”, de Beethoven, na Filarmônica de Moscou. Também na Filarmônica, participou do Festival “Cage. A silent Presence” com a coreografia “Around Four”. Desenvolve trabalhos com o músico Thomas Rohrer e com a artista plástica Néle Azevedo e coordena na Casa Líquida um grupo de estudos da metodologia desenvolvida pelo diretor russo Anatóli Vassíliev. Para a ed. 34 traduziu “A palavra na arte do Ator”, de Maria Knebel, “O Duelo”, de A. Tchékhov, e participou da tradução da coletânea “Contos de Kolimá”, de V. Chalámov.