Debate com:
Rafael Sica — artista e quadrinista;
Mariana Waechter — artista e quadrinista;
Diego Penha — psicanalista.
Coordenação: Tai Cossich.
Mais informações: nao-dito.confabulando.org.
O não-dito abarca o silêncio — e o silenciado —, abarca também o segredo e ainda o implícito, as entrelinhas, o tácito. De forma que o não-dito pode, ou não, estar contido no dito, mais ou menos latente, mais ou menos velado, mais ou menos obscuro.
O encontro ) não-dito ( propõe pensar sobre o indizível, o silêncio e o implícito nos quadrinhos e também na psicanálise. Em ambos os campos, os conteúdos não-enunciados — ou enunciados sem querer, ou meio-enunciados —, são parte de um jogo de construção narrativa, ao mesmo tempo que são desorganizadores da própria narrativa: o não-dito subsidia o dito e vice-versa, fazendo o inesperado ocorrer e o sentido deslizar.
O trabalho do artista Rafael Sica é cheio de ruídos, porém é silencioso: seus quadrinhos quase sempre são mudos, sem texto. Sica explora um cotidiano angustiante, onde o não-dito parece estar no âmbito do segredo, da solidão. Já a artista Mariana Waechter — autora de Medeia, uma história em quadrinhos inteiramente sem texto, sobre a chegada do discurso do terrorismo no Brasil —, leva o não-dito para o âmbito do indizível, do terror, do trauma. Neste encontro, contaremos ainda com a participação de Diego Penha, psicanalista e colaborador de diversos sites com críticas sobre quadrinhos.
Realização:
A Espetacular Clínica da Monga e Tapera Taperá.