O romance A Mãe, de Máximo Gorki, não é apenas uma obra-prima da literatura russa, mas um clássico da literatura universal. Mais do que isso, é uma das primeiras obras neste gênero onde os trabalhadores são protagonistas. Gorki se utiliza de sua própria experiência para retratar com maestria os conflitos sociais na Rússia autocrática de Nicolau II.
Publicada em 1907, sua obra retrata fatos reais passados durante as jornadas revolucionárias que sacudiram o império no ano de 1905.
A trama se passa ficcionalmente em 1902 e conta a história de uma família de trabalhadores pobres que, aos poucos, por meio da militância de Pavel (o filho) vão formando sua consciência de classe.
A história é retratada através da visão de uma mãe viúva que vê seu filho transformar a si mesmo e ao seu redor.
Trata-se portanto, do primeiro romance de formação onde os subalternos podem se identificar com as dificuldades para a compreensão de um mundo onde a exploração e a opressão são as normas que regulamentam as relações sociais.
Obra-prima de Gorki, teve sucesso imediato e passou a ser a leitura de cabeceira dos revolucionários russos e a ser traduzida e adaptada para o cinema e o teatro.
O dramaturgo alemão Bertolt Brecht, fez a releitura do romance de Gorki para o teatro em 1931 readaptando-a para a conjuntura alemã da Republica de Weimar, onde uma luta acirrada entre comunistas e nazistas dominava a cena política.

Debater as obras de Gorki e Brecht no atual momento da história brasileira, além de conectar as novas gerações com a luta dos nossos antepassados revolucionários, é a melhor forma de compreendermos as contradições no seio do povo e inspirar a preparação dos novos outubros que estão por vir.
Então fica combinado: No dia 04/05 na livraria Tapera, taperá esperamos todos para debatermos e refletirmos coletivamente como mudar o mundo!

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