“Greve Geral 100 anos: dos anarquistas ao horizontalismo”

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“Greve Geral 100 anos: dos anarquistas ao horizontalismo”

Date: 8 de julho de 2017
Time: 11:00

greve geral Em junho de 1917, décadas antes da  consolidação das leis trabalhistas no Brasil,  cerca de 400 operários – em sua maioria  mulheres – da fábrica têxtil Cotonifício Crespi  na Mooca, em São Paulo, paralisaram suas  atividades.

Naquele período, a indústria brasileira ia de  vento em popa graças a recessão econômica  europeia causada pela Primeira Guerra  Mundial. Com o aumento da produção, as  fábricas brasileiras, que tinham poucas  máquinas, vindas do exterior, tiveram que  usá-las por mais tempo. Isso significava que  os operários passaram a trabalhar até 16  horas por dia, sem aumento proporcional.

Dentre as reivindicações, o aumento de  salários e redução das jornadas de trabalho,  que até então não eram garantidos por lei.  Em algumas semanas, a greve se espalharia por diversos setores da economia, por todo o Estado de São Paulo e, em seguida, para o Rio de Janeiro e Porto Alegre. Era a primeira “greve geral” no país.

Se na época as paralisações tiveram início num superávit da balança comercial, a convocação de 2017 reflete a insegurança causada pelo desemprego e pela recessão. Venha conosco discutir os legados dessa primeira greve e questões que permeiam a atual.

Contaremos com a presença de:

Jorge Luiz Souto Maior é pprofessor e juiz do trabalho. Recentemente lançou o livro “História do Direito do Trabalho no Brasil: da Colonização ao a dias atuais”, no qual demonstra o quanto o racismo influencia até hoje nas relações de trabalho e como as lutas foram única forma de evolução dos direitos.

Sebastião Neto foi integrante da Oposição Metalúrgica de São Paulo na época da ditadura militar. É pesquisador da resistência dos trabalhadores e um dos responsáveis pela denúncia do chamado caso da Vosks sobre torturas na ditadura militar.

Camila Lisboa foi dirigente do Sindicato dos Metroviários de SP, demitida na greve 2013.