Mais de 5 milhões de mulheres no Brasil já fizeram pelo menos um aborto. A maioria delas é casada, muitas têm filhos e quase todas têm religião. Mas as vozes dessas mulheres pouco são ouvidas. A criminalização do aborto e os estigmas que sofrem as mulheres por conta dele colocam um muro de silêncio em relação a sua prática.
O livro e o curta-metragem Somos Todas Clandestinas se baseiam em relatos extraídos do blog de nome homônimo . Esses depoimentos são uma forma de conforto e apoio para outras mulheres que possam se identificar com essas situações. Além disso, evidenciam as desigualdades que tornam o aborto mais difícil para as mulheres negras e para as mais pobres. São histórias que têm um potencial transformador tanto para as vidas pessoais das mulheres como para o debate público sobre a legalização do aborto.