Organizado em parceria com o Cine Festivais, o Cineclube Metrópole tem como objetivo proporcionar diálogos entre diferentes tempos do cinema e da cultura nacional.
Na quinta, dia 16 de março, vamos realizar a segunda sessão do ciclo “O indivíduo contra o sistema / O sistema contra o indivíduo”. Serão exibidos o curta-metragem O Dia em que Dorival Encarou a Guarda e o média- metragem Superoutro.
Eleito recentemente entre os “100 Melhores Filmes Brasileiros” pela Associação Brasileira de Críticos de Cinema (Abraccine), Superoutro é uma pérola ainda pouco conhecida pelo grande público.
O filme tem como cenário as ruas de Salvador e como personagem central a figura tragicômica de um louco de rua, anti-herói contemporâneo que possui uma índole rebelde, lúdica e libertária.
Sinopses
– O Dia em que Dorival Encarou a Guarda, de Jorge Furtado e José Pedro Goulart (1986, RS, 14 min.)
Sinopse: Numa prisão militar, numa noite de muito calor, o negro Dorival tem apenas uma vontade: tomar um banho. Para consegui-lo, vai ter que enfrentar um soldadinho assustado, um cabo com mania de herói, um sargento com saudade da namorada, um tenente cheio de prepotência – e acabar com a tranquilidade daquela noite no quartel.
– Superoutro, de Edgard Navarro (1989, BA, 46min.)
Sinopse: Um louco de rua tenta libertar-se da miséria que o assedia e acaba por subverter a própria lei da gravidade.
Após a sessão haverá debate com Adriano Garrett (editor do site Cine Festivais) e o público.
Curadoria: Adriano Garrett
Sobre o ciclo
Quais tipos de resistência podem ser adotados em meio a um cenário político de descrença? Como se estabelecem as forças de ação e reação a partir do modo com o qual as pessoas lidam com determinado estado geral das coisas? O que é possível apreender de semelhanças e diferenças em relação aos dias atuais quando olhamos para crises passadas?
Estas são algumas das questões que guiam o terceiro ciclo do Cineclube Metrópole, que tem como temática “O indivíduo contra o sistema / O sistema contra o indivíduo”.
Serão realizadas quatro sessões quinzenais: as duas primeiras trazem filmes que retratam o período de término da Ditadura Militar/começo da redemocratização; as duas últimas são compostas com trabalhos recentes (todos pós-2010) que lidam com questões pertinentes à (derrocada da) Nova República.
Próximas sessões do ciclo (datas passíveis de alteração):
– Dia 30/3
Na Missão, Com Kadu, de Aiano Bemfica, Kadu Freitas e Pedro Maia de Brito (2016, PE/MG, 28 min.)
Sinopse: O documentário acompanha o líder comunitário Ricardo de Freitas Miranda, o Kadu, líder comunitário da Ocupação Vitória, no Isidoro (região periférica de Belo Horizonte). A montagem costura imagens filmadas pelo próprio Kadu, em um dia de passeata reivindicatória da ocupação em direção à Cidade Administrativa do Estado de Minas Gerais no ano de 2015.
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A Cidade é Uma Só?, de Adirley Queirós (2011, DF, 79 min.)
Sinopse: O trabalho é uma reflexão fabular sobre os 50 anos de Brasília, tendo como foco a discussão sobre o processo permanente de exclusão territorial e social que uma parcela considerável da população do Distrito Federal e do Entorno sofre e o modo como essas pessoas restabelecem a ordem social através do cotidiano.
– Dia 13/4
Trabalhar Cansa, de Juliana Rojas e Marco Dutra (2011, SP, 100 min.)
Sinopse: Helena é uma dona de casa que resolve abrir um minimercado. Tudo vai bem até Otávio, seu marido, perder o emprego. A partir de então, estranhos acontecimentos tomam conta do local.