Em parceria com a Rede Novos Parques SP, faremos debate sobre o Direito à Cidade e o Parque Augusta sem Prédios com a presença quase confirmada da Arquiteta e Urbanista Raquel Rolnik e todos os cidadãos e cidadãs que se interessam em pensar e agir na Cidade que Queremos. Participe! Divulgue! Compartilhe!
O Parque Augusta sem Prédios é a última área verde do centro da Cidade de São Paulo e está ameaçado pela especulação imobilária, apesar da lei 15.941, sancionada no Natal de 2013 pelo ex-prefeito Fernando Haddad(PT-SP). O Prefeito eleito para o quadriênio 2017-2020, João Dória(PSDB-SP) articula para revogar a lei 15.941 e já afirmou que o Parque Augusta sem Prédios não está entre suas prioridades embora tenha nomeado os vereadores reeleitos Gilberto Natalini(PV-SP) e Aurélio Nomura(PSDB-SP), co autores da Lei 15.941 para a Secretaria do Verde e do Meio Ambiente e para liderança de governo na Câmara Municipal de SP, respectivamente.
O Ministério Público do Estado de São Paulo demanda a criação do Parque Municipal Augusta sem Prédios através de desapropriação que poderia ser viabilizada com os recursos repatriados desviados da Operação Urbana Águas Espraiadas durante a gestão Paulo Maluf(PP-SP).A Justiça de São Paulo realiza audiência de conciliação entre as proprietárias do terreno de 24 mil metros quadrados do Parque Augusta e a Prefeitura de São Paulo no dia 18 de abril de 2017.
As investidas do mercado imobiliário começaram há 40 anos quando foi demolido o palacete que abrigou o Colégio Equipe(lugar de resistência à ditadura militar) e o Colégio Des Oiseaux(onde estudou Patrícia Galvão, a Pagu, mulher revolucionária brasileira) e também sediou apresentações musicais memoráveis do Projeto SP na década de 80 do século 20.
Existem cursos de água subterrâneos no interior do terreno do Parque Augusta, muito relevantes para impedir o recrudescimento da crise hídrica na maior cidade da América Latina, remanescentes da Mata Atlântica com muitos exemplares da avifauna, insetos,todos em equilíbrio que certamente será prejudicado com a construção das torres residenciais e comerciais, desejo acalentado pelas construtoras Cyrela e Setin, que inclusive, participam do início da Gestão Dória com doações, como a reforma dos banheiros do Parque Ibirapuera, “sem contrapartidas”.