A manutenção da prisão de Rafael Braga e a  liberação do filho de desembargadora preso  com 130 quilos de maconha, centenas de  munições de fuzil e uma pistola 9mm são  exemplos contrastantes e atuais das  desigualdades perpetuadas em nosso país  por sistemas judiciário e prisional falidos. O  quarto ciclo do Cineclube Metrópole, em parceria com o Cine Festivais, volta seu olhar para filmes contemporâneos (realizados a partir de 2003) que refletem  sobre esse panorama.

Com a temática “Justiça Aprisionada”, serão realizadas quatro sessões ao longo dos meses de setembro e outubro.

Na primeira sessão, no dia 12 de setembro, às 19h30, exibiremos o documentário “O Prisioneiro da Grade de Ferro” (2003, SP, 123 min.), dirigido por Paulo Sacramento.

Sinopse: Um ano antes da desativação da Casa de Detenção do Carandiru, em São Paulo, detentos aprenderam a usar câmeras de vídeo e documentaram seu cotidiano no maior presídio da América Latina. Ao abordar este universo, o filme confronta a visão dos fatos pela sociedade (baseada em pesquisa, leituras e entrevistas realizadas com detentos, carcereiros, administradores, jornalistas e demais pessoas ligadas ao tema) com o olhar dos próprios internos.

Conheça a seguir os outros filmes que serão exibidos no ciclo:

19/9
Justiça, de Maria Augusta Ramos (2004, RJ, 100 min.)
Sinopse: O filme foca o cotidiano de juízes, advogados, promotores e acusados na área do Direito Penal, retratando a dinâmica do fórum da cidade do Rio de Janeiro.

4/10
Juízo, de Maria Augusta Ramos (2007, RJ, 90 min.)
Sinopse: Juízo acompanha a trajetória de jovens com menos de 18 anos diante da lei. Meninas e meninos pobres entre o instante da prisão e do julgamento por roubo, tráfico, homicídio. Como a identificação de jovens infratores é vedada por lei, no filme eles são representados por jovens não-infratores, que vivem em condições sociais similares. Todos os demais personagens – juízes, promotores, defensores, agentes do DEGASE, familiares – são pessoas reais filmadas durante as audiências e visitas ao Instituto Padre Severino, local de reclusão dos menores infratores.

17/10
Pátio, de Aly Muritiba (2013, PR, 17 min.)
Sinopse: No Pátio joga-se bola, capoeira e fala-se de liberdade.

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A Gente, de Aly Muritiba (2013, PR, 89 min.)
Sinopse: Por sete anos, Aly Muritiba trabalhou em uma prisão. Lá ele fez parte da Equipe Alfa. Após estudar cinema e fazer alguns curtas, Muritiba volta a seu antigo trabalho para reencontrar seus colegas e realizar um filme.

Após cada sessão haverá debate com Adriano Garrett (editor do site Cine Festivais) e o público.

Curadoria: Adriano Garrett

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