O curso será ministrado por Juliana Borges, pesquisadora em Antropologia pela Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, onde cursa Sociologia e Política. Foi secretária-adjunta da Secretaria Municipal de Políticas para as Mulheres (2013). Graduada em Letras pela Universidade de São Paulo.
DURAÇÃO: 2 encontros de 3h cada (com intervalo de 15min)
Total: 6h
Aula 1. Corpo negro escravizado: marcas da repressão
Panorama sobre cartografia; o quilombo em Beatriz Nascimento; construção da imagem do negro; controle e repressão sobre corpos negros.
Aula 2. Corpo negro liberto: construção de resistência
Conceito de identidade afro-brasileira; novos quilombos; reconstrução e subversão imagética; estética como protesto e reinvenção
VAGAS LIMITADAS: INSCRIÇÕES: http://bit.ly/2p6Fn5O
VALORES: Duas aulas R$30,00; Uma aula: R$20,00
PRÉ-REQUISITO: Mínimo 16 anos; Não há outros requisitos (os trechos de textos em outros idiomas utilizados serão traduzidos pela palestrante)
DESCRIÇÃO:
O curso pretende discutir a influência da representação social dos sujeitos na construção de subjetividades e identidades e como essas marcas de representação influenciam o imaginário social, respaldando padrões de ação em relação a esses indivíduos e ao grupo ao qual pertencem.
A cartografia será utilizada como método analítico para discutir esse projeto político-ideológico que objetiva subalternizar e estereotipar o sujeito negro, marcadamente a mulher negra, na sociedade brasileira. Esse método será utilizado também no sentido oposto de subversão dessa imagem e representação, construindo narrativas transformadoras e renovadas sobre si e sobre seu grupo social, forjando um novo discurso de resistência e positivo para a constituição de uma identidade afro-brasileira.
Buscaremos, ainda, discutir como, e se, diversas manifestações culturais afro-brasileiras têm, historicamente, refletido nessa reconstrução identitária da população negra. Dentre diversos autores e autoras, destacaremos o pensamento da intelectual e historiadora Maria Beatriz Nascimento para provocar possíveis leituras de uma concepção geográfico-política e histórica do quilombo, como instituição de resistência, passando pelas transformações e ressignificações políticas dessa formação política e como ela se reflete na construção do sujeito político negro na sociedade brasileira.