Debate sobre o conservadorismo e as questões sociais

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Debate sobre o conservadorismo e as questões sociais

Date: 6 de setembro de 2019
Time: 19:00  to  22:00

No dia 06 de setembro, às 19 horas, a Fundação Tide Setubal, o Instituto Construção e a Tapera Taperá realizam o “Debate sobre o conservadorismo e as questões sociais”, com Esther Solano, Ivan Marques, Juliana Borges e Rafael Georges, mediados por Gabriela Gambi. As inscrições devem ser realizadas em http://bit.ly/debateconservadorismo.

“A Fundação Tide Setubal e o Plano CDE acabam de lançar a pesquisa “O conservadorismo e as questões sociais”. Realizada pela equipe da Plano CDE, sob encomenda e com apoio da Fundação, a pesquisa qualitativa ouviu, entre o fim de março e o início de abril deste ano, 120 pessoas, com renda per capita de 469 a 1499 reais (equivalente à faixa intermediária de renda, excluindo-se os 25% mais ricos e os 25% mais pobres). Eles tinham entre 18 e 45 anos, eram homens e mulheres e viviam nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Recife.

Entre os principais resultados, encontram-se: os valores mais importantes para os entrevistados estão organizados em torno da ordem, um eixo central claro; há desejo de que a família volte a ocupar papel central na educação sexual e moral de crianças/jovens em detrimento das escolas; é necessário recuperar a convivência familiar para reestabelecer a ordem da sociedade; existe sensação permanente de insegurança e de que situações de violência podem ocorrer a qualquer momento; a luta pelos direitos humanos estaria equivocada, pois foca em quem comete crime e não em quem sofre com eles; há sentimento de desconfiança e decepção com a classe política; há desconfiança do que é transmitido pela TV e imprensa tradicional; e todos os entrevistados valorizam o papel do diálogo, o respeito às diferenças e mencionaram com tristeza os debates e brigas familiares ocorridas durante o último período eleitoral.

Já no campo das desigualdades, notou-se que: as políticas públicas que transmitem a ideia de diferença (como de cotas raciais ou de transferência de renda) são vistas com maus-olhos; educação de valores e respeito pelo próximo são solução para casos de preconceito e violência; o esforço individual, ‘correr atrás’ e ‘batalhar’, assim como a educação, são a principal forma de superação da pobreza; a igualdade entre homens e mulheres está relacionada muito mais ao reconhecimento de uma situação equiparável no mercado de trabalho; a prática da homossexualidade que não é tornada invisível no espaço público atentaria contra o padrão que deveria nortear a sociedade; e há temor de que argumentos identitários passem a pautar as relações sociais.”

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