Grafias de Junho
Diálogos com Marx // Marx e cidade
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19 de junho de 2018Grafias de Junho
O que nos dizem hoje os cartazes de 2013?
Os períodos insurgentes costumam ser profícuos em produção gráfica de mensagens políticas. Demandas urgentes, questões recalcadas, utopias e provocações ao estado das coisas brotam nas rachaduras geradas pela convulsão das ruas.
Nos protestos brasileiros de junho de 2013, houve quem exibisse um cartaz em que se lia É tanta coisa que não cabe no cartaz. Aquelas manifestações pegaram o país de surpresa e reacenderam a tocha da autenticidade gráfica engajada, através de centenas de milhares de cartazes precários – expressões individuais de anseios coletivos.
Grafias de Junho é um projeto colaborativo em busca da reconstituição da memória sobre o maior ciclo de manifestações da história recente do país. Propõe uma chave de entendimento daquela jornada de protestos a partir das mensagens levadas às ruas em cartazes, faixas, bandeiras, pixações e outras grafias.
O site será lançado em São Paulo na Tapera Taperá em debate com Alana Moraes e Guilherme Wisnik, convidados para refletirem sobre as mensagens do banco de dados em relação a aquele ciclo de manifestações e à situação do país hoje.
O projeto faz parte da pesquisa de doutorado em história das cidades de Roberto Andrés, realizado na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP, que apresentará o projeto a partir de uma leitura da crise urbana brasileira.
Até este momento, o acervo é composto por fotografias de: Camila Lacerda, Carlos Coelho, Cláudia Maria Madureira de Pinho, Felipe Magalhães, Felipe Sales, João Paulo Rodrigues, Lucas Gonçalves, Makely Ka, Marcelo Valle, Marco Aurélio Gomes de Oliveira, Maria Objetiva, Mídia Ninja, Milene Migliano, Os Brutos, Patrick Arley, Priscila Musa, Sayuri Kubo, Thiago Rodrigues Souza, Vitor Coelho Nisida, Yan Boechat
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