Lançamento: “Íntimo desabrigo” + “Antiboi”

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Lançamento: “Íntimo desabrigo” + “Antiboi”

Date: 5 de setembro de 2017
Time: 19:00

tarso_aleixo

Convidamos a tod@s para o duplo  lançamento dos livros de poemas “Íntimo  Desabrigo”, de Tarso de Melo, e “Antiboi”, de  Ricardo Aleixo.

ÍNTIMO DESABRIGO
O livro reúne poemas escritos nos últimos 5  anos, fortemente marcados pelas tensões políticas e sociais do país neste período. Na orelha do livro, os ensaístas Carolina Serra Azul e Renan Nuernberger afirmam: “Contra nossos dias nebulosos, ‘Íntimo desabrigo’ propõe um recuo estratégico: muitos poemas da primeira seção, ‘Não sei’, estabelecem uma rede de afetos, reforçada nas dedicatórias a familiares e amigos, que garante algum alívio e esperança nessas páginas. Há um desejo explícito de restaurar as vidas danificadas, de reduzir a poluição sonora, que se instaura a partir do cultivo de lições simples, com certa feição oriental. […] Não pense o leitor, entretanto, que o poeta abdica assim de seus instrumentos: o senso construtivo da poesia de Tarso de Melo reaparece, aqui, para ampliar o alcance político de seu gesto.”

ANTIBOI
Reunindo 32 poemas escritos entre 2013 e 2017, muitos deles publicados originalmente nas redes sociais, o livro “Antiboi” é “atravessado pelo sentido de urgência que caracteriza o momento atual da vida brasileira”, de acordo com o poeta. O ensaísta Ricardo Domeneck chama atenção, na orelha do volume, para o caráter de resistência da escrita de seu xará e amigo: “É assombroso ver como o poeta mineiro manobra entre o lírico e o satírico, dando este antiboi para um país que sempre parece amar seus bois mais do que sua gente. Não. País que usa seus bois como usa sua gente. Carne como combustível para a economia. Somos o pasto deste antiboi, que nos rumina e nos alimenta”.

SOBRE OS AUTORES:

Tarso de Melo (Santo André, 1976) é poeta, lançou os seguintes livros de poemas: “A lapso” (1999), “Carbono” (2002), “Planos de fuga e outros poemas” (2005), “Lugar algum” (2007), “Exames de rotina” (2008) e “Caderno inquieto” (2012), reunidos no volume “Poemas 1999-2014” (2015), e do recente “Íntimo desabrigo (2017). É autor também dos estudos “História da literatura em Santo André” (2000) e “Direito e ideologia” (2009). Organizou diversos livros, entre os quais: “Vidas à venda” (com Eduardo Bittar, 2009), “Cidades impossíveis” (com Eduardo Bittar, 2010), “Literatura e cidadania” (com Reynaldo Damazio, 2013), “Subúrbios da caneta” (com Reynaldo Damazio, 2014), “Outras ruminações” (com Reynaldo Damazio e Ruy Proença, 2014) e “Para a crítica do direito” (com Celso Kashiura Jr. e Oswaldo Akamine Jr., 2015). Organizou ainda os livros de Renato Russo, “The 42nd St. Band” (2016) e “O livro das listas” (com Sofia Mariutti, 2017). É doutor em Filosofia do Direito pela USP.

Ricardo Aleixo (Belo Horizonte, 1960) é poeta, músico, produtor cultural, artista plástico e editor. Lançou os seguintes livros de poemas: “Festim” (1992), “A roda do mundo” (com Edimilson de Almeida Pereira, 1996), “Quem faz o quê?” (1999), “Trívio” (2002), “Máquina zero” (2004), “Modelos vivos” (2010), “Mundo palavreado” (2013), “Impossível como nunca ter tido um rosto” (2015) e o recente “Antiboi” (2017). Em solos ou espetáculos e performances, já se apresentou na Argentina (2000 e 2006), na Alemanha (2003 e 2012), em Portugal (2004), na França (2005), na Espanha (2012), nos EUA (2006) e no México (2013). Tem poemas e ensaios publicados em diversos jornais e revistas brasileiros e integra diversas antologias, coletâneas e edições especiais de publicações culturais dedicadas à poesia brasileira contemporânea na França, nos EUA, no País de Gales, na Argentina, no México, em Portugal e na Austrália. Desde 2007 concentra suas atividades de criação e pesquisa no LIRA (Laboratório Interartes Ricardo Aleixo). Como artista visual e sonoro, montou a individual Objetos suspeitos (Belo Horizonte, Mariana e Rio de Janeiro, 1999) e participou de diversas mostras coletivas, dentro e fora do país. Foi curador da Bienal Internacional de Poesia de Belo Horizonte (1998), da ZIP/Zona de Invenção Poesia & (2005 e 2006) e do Festival de Arte Negra de Belo Horizonte/FAN (1995, 2003, 2005/06 e 2011/12).